sábado, 11 de abril de 2020

Veloso

Veloso

O poeta vê sem o véu para ver o azul do céu.
Vê-lo  a velar pela chama duma  poética vela
bela,  é vê-lo veloso  a velar através do  céu de
santa  boca, em  versos simétricos a  versejar e
jamais  por versos ocos, tampouco,  por qualquer 
motivo  barroco, e sim, pelo amor bondoso. Zeloso
zela pelo verso eclético ao som poético  e valoroso,
mesmo  que fique  um louco embevecido  e rouco.
Lanoso, piloso, veloso com véu, sempre no seu céu
a versejar pra dedéu incorporado  ao desalento léu.
Na  pureza  da simplicidade suas mensagens atin
gem  o ápice da verdade  em poéticas imagens.
Muitas vezes no caminho da poesia se herético
irmão a cometer maior heresia no ato de mo
rer sem ser a hora, porém, agora no seu
doído padecer está a perder a vida
pelo carcomido sentido, então
chega a mensagem poéti
ca a lhe renovar o elo
do motivo de viver
sem esmaecer.
Não  encurte.
Curta a sua
vida curta
sem es
more
cer.

Assim, ressurge da heresia à fênix da cinza.
Renasce com viva alegria de reviver, apesar
de duro padecer, avaliando  a efêmera vida.
Ao deixar a curta vida  até o dia de partida.

O poeta nasce para poetar, assim vai na vida a
velejar num barco de vela embaraçada de poemas 
dia e noite, diadema a pendoar sobre qualquer mar, às 
vezes veleja sobre  doces nuvens brancas com sua anca 
sobre a brisa a qual lhe avisa que a tempestade está para 
chegar sobre sua calmaria,  mas que não deveria se de
sesperar, e esperar pelo amor  poético que viria para 
acalmar com  sua bondade qualquer  tempestade 
pela força delicada da poesia,  em sua honrosa 
potestade qual viria para lhe abençoar com 
verdadeira  alegria ao poetizar  poemas
ou se diria poesias a sobejar  contos
de fadas  na sua futura  fantasia,
à corsário empunhando sua es
pada, nem que seja para cor
tar a saborosa azeitona de
sua  empada, quiçá, cor
tar estradas ao marulhar
do mar onde ondas cruzam
encruzilhadas, o poeta en
contraria  o seu lugar,
porém, sempre  ve
loso, velando o
seu  velejar
 glorioso
sob o 
feitio
de 
 poesia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário