sábado, 24 de setembro de 2016




Quão bela é a vida


Vida, sentida pelos sentidos,

realmente faz sentido diferente. 

Não temos mais que o merecido.

Ainda assim o sol nasce para gente.

O sol nasce para todos os viventes,

porém, nascem árvores frondosas

também, nos Oasis mais quentes.

Veja como a natureza é bondosa,

Apenas num modesto canteiro

pode-se ver o seu mundo inteiro.

O Universo numa gota de orvalho,

ou pela mente, uma nova semente.

Para a felicidade não existe atalho,

o motivo aparente é viver contente. 

O universo dá-lhe por encanto

o sentimento farto de espanto,

ao nobre e bem afinado canto

à canoro dentro de um viveiro,

livre do laço do passarinheiro.


À velhaco mundo passageiro.


Fazendo-se distraído,

e, revestido de recatado

sentido. Verdadeiro e santo,

e o seu planto fica enterrado

num canto ao lado, fertilizado

de enorme amor sem fim

no afofado canteiro pronto,

vai plantar você só para mim.

É apenas força de expressão,

você já vive no meu coração.

Deixo afogadas as mágoas

em lágrimas desaguadas,

e moldadas em amores

ao colorir de belas flores.

Inebriado em seus odores

a Deus elevo meus louvores

por vislumbrar-me no paraíso

de lírios e; odoríficos pendores,

refertos dos mais finos sabores.

Você pode ser feliz,

e o poema mesmo diz:

Faça da sua vida, querida

matriz, esquecendo as feridas

matizadas em suas plumas lilás,

sem sofrer por querer enxergar

além do seu próprio nariz.

Não precisa ver mais.

Você, nunca verá o fim!

A terra fofa também cheira

aproximando o meu próximo,

desta morada derradeira a mim.

Igual ao bruto diamante

a ser tratado como brilhante.

Não importo, posto que tosco,

ou refinado, faço o que posso,

nas ilusões de um plano fosco.

Quero ser feliz sem egoísmo,

na felicidade do próximo.

Restar-me-á o heroísmo

sem depender do destino

se o meu próximo for próspero 

tal qual a inocência de um menino.


Pode-se viver eternamente, porém,


sem jamais ver todas as belezas da vida...


Quão bela é a vida!





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