quarta-feira, 19 de junho de 2019

Conversa convexa

u
m
dia
dis-
se o
poeta:
navegar  é 
preciso, porém, 
não foi por  falta  de 
aviso.  Como não havia 
navio,  cavalguei  à   ginete
sobre  a  sobra  de  um  alazão 
quarto   de   milha,  emprestado
do   meu  velho   patrão, um  es-
pertalhão  nessa  bela  coleção-
maravilha.  Na  sua herdada
fazenda  já  existia corcel
pra dedéu ao léu. era 
um tro-
pel  de 
Mustang,
Árabe, An-
daluzia. Até o
pônei  lhe  trazia
o troféu nosso de ca-
da dia. Mustafá falava no-
ite e dia de seus  cavalos, real-
mente era o seu passatempo. Um 
dia morreu Mustafá e partiu o meu 
coração ao  partir voando  aos céus 
de  Alá sobre  seu  Árabe  alado lá 
pelas  bandas  das  Arábias  on-
de  já  existisse  mil  e uma 
noites de belas  fantasias.
ainda  bem  que  foi com  o  Árabe, quiçá,  para  formar 
novo  haras   nos  verdes  campos,  aos  pés   de   Maomé! 
Será   que   é?  Nesse   universo   diverso  tudo  é   possível 
pela postura  da  criatura.  Até morar   numa  gota  de  orva-
lho  com cavalo  ou  sem  nada  para rimar, será  que lá tem 
mar só para rimar, ou  seria  apenas alegria  de  sofismar  es-
sas arrelias? Aqui  troco os laços, pois, Arrelia  foi um gran-
de  palhaço, coração  derretendo  sob  velho  peito  de aço.

quando  a gente tá  sem
  assunto  é  nisso  que dá!
  o pior ainda; tenho de as-
   sinar  esse  bazar
   de balangandãs,
  dum velho elã.

jbcampos


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